Eu não gosto e não concordo com as coisas radicais da vida. Acredito que as relações e as pessoas são multifacetadas. Assim como tem pais negligentes, tem os superprotetores.
No meio desses tem os pais mais adequados e, não necessariamente certos, que procuram estar mais presentes e ouvir os filhos numa relação de pais e filhos e não de amiguinhos. Além disso, tem os jovens que podem ter tendência a depressão, serem negligenciados, estarem entediados ou mesmo os que têm uma ou mais dessas e outras qualidades, ou não possuem aparentemente nenhuma delas e entram no jogo da Baleia por mera curiosidade. Talvez pela rebeldia do adolescente, a busca de sua identidade, e acabam, por qualquer motivo que talvez não saibamos, entrando no jogo.
Após entrar tem vários favores que vão atuar também. Até a pessoa mais ‘certinha’ que entrou por curiosidade, pode assumir o papel de ‘protetora’ da família e acabar bancando os riscos.
Por isso, acho muita arrogância da nossa parte julgar os acontecimentos ou mesmo generaliza-los sem saber caso a caso.
Penso que nosso papel, nesse momento, é de nos inteirarmos dos acontecimentos, sem julgamentos, para podermos passar para nossos filhos, crianças e adolescentes, informações e orientações adequadas para sua proteção no mundo on-line.